segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Quando o telefone toca

Nos últimos dias o telefone tem tocado mais do que é costume. Do outro lado o que me dizem é que ficaram espantados com o que têm de pagar de IRS. Alguns costumavam receber 4.000 Euros e recebem 200, outros tinham de pagar, já não sei quanto, e têm de desembolsar 3 vezes mais. (Já tínhamos avisado no ano passado que ia ser assim. Já agora, fica aqui a informação que para o ano vai ser pior. Este ano, porque era uma "fase de transição", ainda não contaram com todo o vosso rendimento colectável)

Para argumentarmos na próxima discussão da Lei do Orçamento temos de ter argumentos, documentados, dos aumentos brutais de imposto sobre as pessoas com deficiência.

Já chega de demagogia do governo "Robin Hood" que rouba aos "deficientes" ricos para distribuir pelos "deficientes" pobres.

Precisamos da sua declaração de imposto!

Tape o seu nome e a sua identificação fiscal (se não conseguir, nós escondemos todos os dados que o possam identificar) e envie para o nosso e-mail: mtpd.bfiscais@gmail.com.
Só com o apoio de muitas pessoas com deficiência poderemos vencer esta batalha. Só todos juntos, como aqui e aqui, será possível dar a volta a isto.

Para verem do que estou a falar fica aqui um e-mail que recebemos. Não identificamos o remetente porque não é importante, nem sabemos se o remetente quer ser identificado. São alguns como este:

“Gostaria apenas de referir que era costume receber cerca de 750 euros de reembolso em sede de IRS e este ano, devido quase exclusivamente às mudanças das regras no que aos deficientes diz respeito, não só não vou receber nada como vou ter que desembolsar nada mais nada menos do que 1997 euros no fim do mês. Gatunos, hipócritas e covardes, são os que se viram contra os indefesos e não combatem com a mesma dureza os mais fortes e continuamente impunes neste país atrasado.
Esquecem-se que nós e eu particularmente, tenho de despender de viagens caras nos comboios todas as semanas, que tenho de pagar para me auxiliarem por vezes no meu trabalho quando não consigo ler determinadas coisas e que quando tenho de ser operado, e já lá vão cerca de 10 vezes aos olhos, tenho de despender largas quantias de dinheiro, pois na minha situação tão periclitante não posso colocar-me nas mãos do SNS cada vez mais carente dos melhores oftalmologistas.
Por outro lado comparando com os meus colegas, que é com quem eu devo comparar-me pois exercemos a mesma profissão, eles ganham o dobro de mim, pois podem deslocar-se para fazer privada em vários sítios e podem ocupar-se de funções no hospital como as urgências e horas extraordinárias as quais eu me vejo impossibilitado de fazer devido à minha deficiência. Por outro lado não necessitam para isso de despender mais trabalho do que eu e até pelo contrário, uma vez que para fazer as mesmas coisas e assim como para tirar o curso de medicina, tive de despender de muito mais tempo e tive muito mais trabalho, como podem calcular.

Abraço deste cidadão revoltado com este governo e nunca tão covardemente
roubado.”

Podia pôr aqui mais alguns testemunhos, mas neste momento estamos a precisar do seu.

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