O Movimento de Trabalhadores Portadores de Deficiência (MTPD-BF) ameaça agendar uma manifestação no mês de Novembro, caso o Governo não recue nas alterações introduzidas este ano aos benefícios fiscais. Para já, vai avançar com um conjunto de pedidos de audiência ao Presidente da República, Executivo e grupos parlamentares.
O movimento, que foi criado recentemente para funcionar como grupo de pressão à reposição dos benefícios fiscais, contesta o facto de, a partir de 2009, o incentivo tributário ficar reduzido a um máximo de 100 euros. Uma verba que, alegam, é "manifestamente insuficiente para suportar os custos da deficiência".
Recorde-se que com a revisão do método de atribuição de apoios fiscais aos deficientes, que entrou em vigor este ano, ficaram a ganhar os agregados que integram pessoas com deficiência que não trabalham, mas ficam a perder os deficientes que estão no mercado de trabalho ou auferem rendimentos de pensões (sendo a perda de beneficio tanto maior quanto maior o salário).
Isto explica-se pelo facto de, até este ano, os benefícios variarem consoante o rendimen to (embora com um tecto máximo) e resultarem de uma isenção directa concedida a 50% do rendimento. Ou seja, logo à cabeça, a Lei dizia que só entrava para o cálculo do IRS metade do rendimento au ferido (ou 30% no caso de pensões). Agora, passa a concorrer todo o rendimento para o calculo do IRS, e concede-se uma dedução à colecta fixa de três salários mínimos.
Para atenuar as críticas de falta de sensibilidade social, o Governo ainda "emendou a mão", tendo aceite introduzir um regime transitório até 2009, o que, aparentemente, foi insuficiente para controlar a contestação. EM
3 comentários:
Para atenuar as críticas de falta de sensibilidade social, o Governo ainda "emendou a mão", tendo aceite introduzir um regime transitório até 2009, o que, aparentemente, foi insuficiente para controlar a contestação. --> Para que nem todos sentissem o toque nas finanças caseiras ao mesmo tempo, diga-se antes assim.
Enquanto se andar com "ameaças" de manisfestação nunca se chegará a lado nunhum. Façam, empenham-se numa manifestação em grande.O governo tem de saber que a pessoa com deficiençia tem direitos, e esse direitos são para ser cumpridos. Assim afirma a UE no que diz respeito á pessoa com deficiençia.
Laura
Obrigado por Blog intiresny
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